sábado, 28 de novembro de 2009

Tempus fugit

Na última quarta-feira, passou mais um dia 25 de Novembro. Se a data é marcante, a nível nacional, pela evocação dos heróis desse dia de 1975, a nível internacional assinala-se o Dia contra a violência contra as mulheres. Aos heróis de 75, da conquista de um Portugal democrata, constitucional e pluralista, juntam-se as heroínas que todos os dias lutam contra os maus tratos físicos e psíquicos, em especial no contexto da violência doméstica.
Como oportunamente divulgado pela Associação Portuguesa de Apoio à Vitima, tem-se vindo a assistir a um aumento exponencial deste tipo de crime, mesmo pela mera comparação dos dados estatísticos de 2008 e os já divulgados e relativos ao 1.º semestre de 2009. De todos o mais preocupante é, sem dúvida, o aumento de 4 para 18 casos de homicídio, quer consumado quer na forma tentada. Este dado levou aquela associação a arvorar a necessidade de uma efectiva aplicação de medidas, como a do afastamento dos agressores, numa prioridade. No entanto, é notória a falta de capacidade de respostas destas casas de abrigo feminino. Não ignorando o facto de não se poder transformar as vítimas em pessoas diminuídas, nem aquelas casas, por definição de abrigo temporário e de refúgio, em lares tutelados, a imposta intimidade entre vítima e agressor no contexto da violência doméstica é, em si mesma, uma verdadeira agressão do Estado pela omissão de um dever de garantia de salvaguarda, no limite, da vida e da dignidade da pessoa humana.
A história dos refúgios femininos, em particular em Braga, apesar das inevitáveis diferenças e distâncias impostas pelo Tempo, pelos Valores e pelos Costumes, oferece à cidade de hoje iminentes janelas de oportunidade. De entre os nada menos de seis recolhimentos para mulheres da Braga da Idade Moderna, subsiste ainda hoje o notável exemplo do Recolhimento de Santa Maria Madalena, mais conhecido por Convertidas.
Ainda no passado 9 de Novembro, Eduardo Pires de Oliveira fazia republicar neste mesmo jornal um artigo que já havia publicado há 11 anos sobre aquele singular edifício à Avenida Central. O avançado estado de degradação de um património único, intocado, encerrado há mais de uma década, faz prever, como profetizado por aquele eminente historiador de Braga, o pior dos desfechos e mais uma oportunidade irremediavelmente perdida para a preservação da nossa identidade colectiva. Como escreveu José Moreira, in Diário do Minho de 2002.12.02, “Não estamos diante de um velho edifício a pedir reforma, mas de um vetusto monumento a pedir intervenção arrojada, sustentada e finalidade clara”
O arrepio a este caminho de não fazer do passado a mais-valia qualitativa para um futuro sustentável, propalado pela Câmara de Braga, ainda não se materializou em realidades. Muito pelo contrário, parece continuar os sinais e as obras em contradição. O Governo Civil, entidade autorizada no particular deste monumento, continua cúmplice e filial.
Juntamos o nosso apelo a muitos outros que exigem uma ampla discussão pública sobre o futuro a afectar aquele edifício. Dizem que já tem destino. Diz que sim… mas ninguém sabe. Há muito quem a ele já se tenha habilitado. Não desmerecendo estes, penso que se exige uma dimensão maior.
Para mim, o respeito devido pelo que de singular aquelas pedras nos trazem do passado – o seu estado intocado de uma arquitectura pura - facilita-se por uma identificação ou correlação ente a sua utilidade primitiva e fundadora com a sua função de destino hoje. Porque deve-se pretender, acima de tudo, preservar. Parece-me que a requalificação daquele recolhimento feminino em casa de abrigo às vítimas de violência doméstica é o fim mais nobre, mais fiel e mais moderno que se pode atribuir a um àquele espaço.
Ironicamente, esta parece ser uma história onde só o tempo pode fugir, negando essa mesma fuga às mulheres vítimas e a um edifício fadado ao abandono. O destino do edifício das Convertidas e o das mulheres vítimas de todo o tipo de violência parece, mais uma vez, enlaçar-se na urgência que a fuga do tempo, para ambos, torna vital.

Tiago Varanda
in Diário do Minho 2009.11.28

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

25 de Novembro Sempre!


Porque houve momentos em que a coragem saiu à rua e a democracia se fez realidade.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Toquem os Carrilhões da Sé


Portugal regista neste momento a taxa mais elevada de desemprego das últimas duas décadas e meia - sensivelmente todo o historial dos registos sintomáticos do número de desempregados. Este é um drama que a todos diz respeito. Não é só o Governo Central que tem responsabilidades nestes negros números. Mas não podemos também querer fazer acreditar que a crise mundial é a casa de todos os males que a nossa economia padece hoje.
Sabemos de antemão que a crise acelerou em muito o crescimento do número de desempregados mas esta tendência de crescimento já vem desde muito cedo e comprova-o a nossa vizinha Espanha onde o desemprego há muito passou os dois dígitos. Em Portugal oficialmente estamos situados nos 9,8%, o que na realidade corresponde a sensivelmente 11,6%, pois no numero oficial não estão contabilizados aqueles que estando desempregados estão em formação oferecida pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional, bem como dos que desistiram de procurar emprego por serem já “demasiado velhos” para trabalhar.
O boletim do INE referente ao 3º trimestre de 2009 divulga que, a taxa de desemprego referente à Região Norte do País é a mais alta de Portugal, situando-se nos 11,6%, ou seja, 1,8 pontos percentuais acima da média nacional (9,8%). Esta exorbitante taxa regional de desemprego significa que, actualmente, na Região, existem já 226.700 desempregados, num universo total nacional de 547,7 mil, o que significa que 41% do desemprego total se concentra nesta Região.
O número de desempregados com menos de 25 anos já chega aos 89 mil jovens, sendo que 41.600 desempregados jovens se encontram nesta Região. A agravar os já números negros, a taxa de mulheres desempregadas cifra-se em 13,4%. Em comparação com o trimestre anterior, só nesta região houve um acréscimo de 20.200 desempregados, mostra um agravamento de 10%; e, em comparação com o registado no trimestre homólogo do ano anterior, sofreu um acréscimo de 46.300 mil desempregados.

Perante a divulgação destes números a Ministra do Trabalho e da Solidariedade Social reagiu desta forma: “Fiquei um pouco surpreendida com os números do desemprego. Não esperava que fossem tão elevados”, louve-se a frontalidade da Ministra ao reconhece-lo, no entanto é de estranhar que não siga esta matéria como uma prioridade actual, não só do seu Ministério, mas sim do Governo do País.
De lembrar que José Sócrates então Secretário-geral do PS considerava, em 2003, que 6,7% de desemprego era “a marca de uma governação falhada”; o mesmo José Sócrates que, em 2004, declarava que 7,1% de desemprego era um “valor trágico”, que já há muito deveria ter feito soar campainhas de alarme”! Agora a Ministra do Trabalho diz-se surpreendida!!! Onde estão as campainhas? Deveria soar era o carrilhão da Sé de Braga para que o alarme fosse à escala de José Sócrates, Secretário Geral do PS.
Muitas são as formas de fazer baixar o número de desempregados embora de forma menos rápida ao desejável, permitiria aumentar ou, no mínimo, manter o número de empregos.
O CDS-PP apresentou durante a campanha eleitoral, à semelhança do que fez anteriormente durante a X Legislatura, várias propostas que iriam aliviar em muito os números de desemprego. Esta solução começa pelo apoio às PME’s . Sim, porque não fomos como outros que descobriram a mais valia para a economia nacional das PME’s no tempo de pré-campanha. Defendemos uma verdadeira política a favor destas geradoras de emprego e criadoras de riqueza:
- Paguem integralmente as dívidas do Estado aos seus credores;
-Reduzam significativamente o Pagamento por Conta e do Pagamento Especial por Conta;
- Façam a devolução mensal do IVA;
- Pratiquem a Concessão de Créditos;
Mas outras podem ser levadas a cabo especialmente na Região Norte do País soluções essas que já foram várias vezes apresentadas pelo Eurodeputado Nuno Melo na Assembleia da República na Legislatura anterior.
E por favor deixe o Governo Central de desviar fundos Comunitários que deveriam ter como destino a região mais deprimida em termos de emprego para outras regiões especialmente Lisboa e Vale do Tejo.
Estas são apenas algumas das medidas que poderão aliviar em muito as empresas e permitir que subsistam e possam inclusive criar emprego.
Henrique Lobo Borges
in Diario do Minho 21 de Novembro de 2009

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Declaração Política na Assembleia Municipal


O Grupo Municipal do CDS-PP de Braga propõe-se a fazer os seguintes considerandos sobre o relatório final efectuado às contas do Município de Braga.
Esse relatório concluiu que a informação financeira não era fiável, nomeadamente quanto às dívidas a terceiros, não reflectindo uma imagem verdadeira da situação financeira do Município.
Estas conclusões são altamente preocupantes, quer no que toca à situação financeira deste Município e das empresas por este participadas, quer sobre a fiabilidade das demonstrações financeiras por este divulgadas, quer ainda sobre a qualidade dos sistemas de gestão e controlo interno da Autarquia.Durante esta auditoria foi mesmo necessário proceder a correcções nos documentos de prestação de contas do Município de Braga referentes aos anos de 2004 a 2006, que importaram, respectivamente, em acréscimos de dívidas a terceiros de M€ 25,8 (2004), M€ 15 (2005) e M€ 14,6 (2006), ou seja, uma correcção superior a M€ 55 (cinquenta e cinco milhões de euros).A IGF considera ser crítica a situação financeira de algumas entidades incluídas no perímetro de consolidação (como os TUB – Transportes Urbanos de Braga, EM e o PEB - Parque de Exposições de Braga, EM), alertando, inclusive, para a situação de falência técnica destas duas entidades, porquanto perderam mais de metade do seu património.
O Relatório evidencia, ainda, a excessiva dependência dos fluxos financeiros com origem no Município de algumas das entidades, designadamente da Bragahabit, EM; PEB, EM; e TUB, EM.
Este excesso de dependência das transferências camarárias significa que estas entidades mais não são que complexos sorvedouros de dinheiros camarários, não possuindo uma gestão eficiente e equilibrada da sua exploração, com geração de proveitos suficientes, originando a questão da sua continuidade.
A Auditoria chega a concluir que existe um desrespeito dos princípios de boa gestão financeira, e que os valores positivos apresentados por algumas destas entidades são meramente fictícios, pois derivam, em exclusivo, da contabilização das transferências camarárias e não equacionam todos os custos das mesmas.

Em consequência, sugere o relatório final, que os documentos de prestação de contas do Município de Braga:
“não reflectem uma imagem verdadeira e apropriada da situação patrimonial, financeira e económica da Autarquia, pois não cumprem as asserções da gestão de efectividade e integralidade e violam o princípio da materialidade, não fornecendo informação adequada e atempada à tomada de decisões por parte dos órgãos autárquicos.”;
O mesmo Relatório acrescenta que “Tal insuficiência condiciona, igualmente, a utilização da informação produzida por parte de outros destinatários, além de desrespeitar os princípios da transparência e as regras da ‘accountability’”.

Assistiu-se, também, a um sistemático empolamento da previsão das receitas orçamentais durante os anos de 2004 a 2006, porquanto o grau de execução das receitas orçamentadas rondou os 80%.
Esta prática contraria todas as regras consagradas no POCAL.
O endividamento municipal é um factor preocupante, se por um lado o Município de Braga cumpre os limites legais do endividamento, por outro lado omite um aumento de endividamento líquido de mais de M€8 (oito milhões).
Outra preocupação é quanto à contabilidade camarária como espelho da real situação financeira da mesma.
Esta não espelha de modo algum a real situação das contas municipais, se por um lado o Município até tem um prazo médio de pagamento bastante bom, não é por reflectir contabilisticamente os seus compromissos, mas ao invés, porque, de forma sistemática, o Município vai “jogando” com os prazos de pagamento das facturas e com as datas de lançamento contabilístico das mesmas.
Ou seja, o Município recebe as facturas para pagamento e vai armazenando-as, não as lançando na contabilidade, só o fazendo quando lhe vai dando jeito, o que origina depois um bom prazo médio de pagamento, mas apenas, e só, porque não lança as facturas na altura devida.
Se assim não fosse, de um bom prazo médio de pagamento passar-se-ia para um desastroso prazo médio de pagamento.
Outra das pechas apontadas no relatório é o modelo de contabilidade arcaico, que não potencializa exaustivamente o software informático utilizado, o que aumenta os erros e insuficiências detectadas, e que com outro modelo de gestão, mais modernizado ajudaria a minimizar ou a erradicar.
Em face das conclusões do Relatório Final da IGF é notória e premente a necessidade de se lançar mão de um procedimento de contratação de Serviços de uma Empresa de Auditoria Financeira às contas do Município de Braga e suas participadas.
Tal auditoria deveria proceder a uma análise exaustiva à situação financeira da Câmara Municipal de Braga (CMB) e das Empresas Municipais TUB – Transportes Urbanos de Braga, EM, PEB – Parque de Exposições de Braga, EM e Bragahabit – Empresa Municipal de Habitação, EM, à data de 31 de Outubro de 2009, tendo como principal objectivo determinar os compromissos e obrigações decorrentes de actos e procedimentos praticados até essa data.
Pretendendo-se com esta Auditoria:
- a recolha de toda a informação com vista ao apuramento das dívidas e responsabilidade contratadas, vencidas e vincendas, por forma a se calendarizar o passivo exigível em vencido e não vencido, bem como os compromissos não exigíveis com vista a uma avaliação da tesouraria futura já afecta. - a avaliação dos mecanismos de controlo de gestão da Autarquia, verificando-se se as facturas recebidas correspondem aos bens, serviços e empreitadas contratados; se as facturas recebidas são registadas na contabilidade no período adequado; e, ainda, se os pagamentos são efectuados em conformidade com o inicialmente contratado e efectivamente recebido.
- a identificação os mecanismos de acompanhamento da gestão das Empresas Municipais participadas, no que concerne, em particular, ao cabal acompanhamento dos contratos-programa celebrados anualmente com a Autarquia e à transferência de verbas inerente;
- a avaliação do nível global de endividamento da Autarquia e das Empresas Municipais de médio e longo prazo, seja por via de empréstimos bancários, de operações de leasing ou de outros compromissos contratuais análogos, como sejam as responsabilidades assumidas pela CMB em sede de Parceria Público-Privada.
Esta proposta foi apresentada na reunião do executivo camarário, em 12 de Novembro de 2009, sendo proposta a constituição de uma Comissão de Acompanhamento que deveria incluir um representante dos Vereadores eleitos pela “Coligação Juntos por Braga”, e um membro de cada um dos grupos Parlamentares com assento na Assembleia Municipal de Braga (PS/PSD/CDS-PP/PPM/CDU/BE).
Concluindo, verifica-se que toda a contabilidade e situação económica e financeira do Município de Braga não se encontram devidamente espelhadas nos respectivos registos contabilísticos, e em consequência a informação prestada quer ao Executivo Camarário, quer a esta Assembleia Municipal há muito que está incorrecta, o que dificulta uma correcta e assertiva fiscalização dos compromissos assumidos e a assumir por parte da Câmara Municipal de Braga.
Disse,


Licínio Ramalho


Lider do Grupo Municipal do CDS/PP

sábado, 21 de novembro de 2009

Magusto CDS














Aqui ficam algumas imagens desta iniciativa que permitiu reactivar uma antiga actividade do CDS Braga. Amanhã seremos ainda mais.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

"As pessoas fogem mal o sol se põe..."

Braga é uma cidade com um centro histórico desertificado, degradado e pouco aprazível para as caminhadas – que tão em voga estão -, devido à escuridão das ruas e praças do centro urbano e histórico.
Se, no final de um dia de trabalho nos passearmos pelo centro de Braga - Rua do Souto, Rua dos Capelistas, Rua D. Diogo de Sousa, e inclusive, a Av. Central - deparamo-nos com uma ausência de transeuntes assustadora e com a penumbra em vez de ruas bem iluminadas e, consequentemente, atractivas para uma actividade pós-laboral numa cidade que, pelo sua grande área espaço pedonal, tinha, e tem, condições para pôr os bracarenses a viver a cidade.
As pessoas fogem do centro da cidade mal o sol se põe…
Não se cultiva o gosto por habitar, circular e confraternizar no centro da urbe não obstante os inúmeros edifícios de lindíssima traça que, com uma conveniente remodelação e reabilitação – preservando, sempre, as suas características originais –, transformariam o centro histórico num aprazível local para habitar e confraternizar.
A cidade enquanto centro populacional tem que ser vivida e aprazível, tem que ter alma, luz, cor.
Nos últimos meses ouvimos falar de prédios a desmoronar, de incêndios provocados pelas deficientes condições dos imóveis do centro histórico da cidade, contudo não se escutam vozes – de quem com responsabilidades – a apresentar soluções que resolvam este fenómeno preocupante.
Essas vozes apenas se preocupam com a fiscalização coerciva dos imóveis degradados, quando assim acontece – e nem sempre acontece – e com a arrecadação de impostos por via da propriedade dos mesmos.
Mas, pergunto eu, porque não preocuparmo-nos com uma solução de fundo, com medidas de responsabilização de quem de direito – os senhorios – para que tais imóveis sejam recuperados, sejam reabilitados, possibilitando, em consequência, um aumento de fogos habitacionais, com dignidade e condições de salubridade necessárias, no centro da cidade?
Claro que sempre se dirá que quem é proprietário das casas tem a obrigação de as reabilitar, pois é quem delas beneficia, mas tenhamos em atenção que nem sempre os proprietários têm as condições económicas para realizarem intervenções de fundo nos respectivos imóveis.
E, assim, caso não reabilitem os seus imóveis, somos forçados a concluir que, então os municípios têm de aplicar as respectivas coimas e, se tal não for suficiente, expropriar os mesmos, para os reabilitar a expensas camarárias.
Mas, questiono-me novamente, será apenas essa a única solução? Será essa a melhor resposta a este grave problema que afecta o centro urbano de Braga?
Não é, com toda a certeza!
Por altura do EURO 2004 propusemo-nos a efectuar um grandioso estádio, uma obra de elevado valor arquitectónico, associando-nos e copiando outras cidades. O que eu sugeriria, na minha modesta opinião, era que se equacionasse a possibilidade de copiar igualmente boas ideias e projectos de outras cidades, algumas bem próximas.
Porque não aderir ao “PROJECTO RECRIA”, para impulsionar a reabilitação do centro histórico?
O “PROJECTO RECRIA” é um projecto de recuperação de prédios degradados, através de um Regime Especial de Comparticipação de Recuperação de Imóveis Arrendados, que pode ser subsidiado pelo Estado, a fundo perdido, em valores que podem chegar aos 65%, sendo que o restante valor pode ser financiado a taxa bastante reduzidas.
Não resolveria a totalidade do problema, é certo, mas se temos de começar por algum lado, comecemos por aqueles cuja resolução será mais fácil e menos custosa para todos.
Cidades vizinhas aderiram e os resultados estão à vista: centros históricos tão ricos quanto o nosso, mas com uma conservação e apresentação muito superiores, catapultaram para os reditos centros a circulação de pessoas e animação dos mesmos.
Porque não copiar este exemplo?
Não sei se esta será a resposta, mas de qualquer modo avanço com uma ideia; será porque é necessária uma comparticipação do município em 40% do valor comparticipado pelo Estado?
Bom, se assim for, não se entende porque a Câmara Municipal de Braga afirma, “à boca cheia”, que a edilidade está de boa saúde financeira.
Ou não estará ???
Será mais económico adquirir os imóveis e recuperá-los a expensas públicas?
O que parece mais económico é nada fazer para a reabilitação do centro urbano e histórico que cada vez está mais degradado. Exemplo disso é uma casa na Rua de S. Domingos que quando por lá se passa o melhor é atravessar a rua e correr desenfreadamente para o prédio “não decidir” cair naquele preciso momento.
Pensemos neste assunto com seriedade e responsabilidade, façamos assumir responsabilidades aos proprietários, mas assumamos também as responsabilidades próprias de quem tem o dever de zelar pelo bem-estar dos munícipes e do município!
Licinio Ramalho
Deputado do CDS-PP na Assembleia Municipal
in Diario do Minho, 7 de Novembro de 2009

domingo, 8 de novembro de 2009


Caro Militante e Simpatizante;
A Comissão Politica Concelhia de Braga, convida-o a participar no Magusto a realizar no próximo sábado na sede concelhia, na Av. Central, a partir das 15:00. Todos estão convidados a participar. Por forma a preparar a logística da actividade, agradecemos que nos contacte para cdsppbraga@gmail.com e nos diga o numero de pessoas que participarão.
Até sábado.




sexta-feira, 6 de novembro de 2009

"Nós não somos ameaçáveis"



O Presidente do CDS-PP, afirmou esta sexta-feira que o CDS-PP analisará "lei a lei" as propostas do Governo e garantiu que o partido "não é ameaçável".

"Nós não somos ameaçáveis, não vale a pena substituir o malhar, malhar, malhar por ameaçar, ameaçar, ameaçar", afirmou Paulo Portas.

Para o líder do CDS-PP, o país rejeita esse tipo de ameaças e "vai premiar ou castigar quem trabalhar mais, quem trabalhar melhor, quem apresentar soluções mais sólidas para resolver problemas das pessoas".

"Eu analisarei lei a lei se os nossos valores, as nossas políticas podem progredir. Não fui meramente negativo neste debate, propus soluções alternativas", salientou.

Paulo Portas deu como exemplo a questão do modelo de avaliação dos professores, considerando que "o CDS é o partido que tem o caminho que permite resolver o problema das escolas".

"Na questão da educação, estou convencido que a questão dos professores se pode resolver, e não demora muito tempo, desde que o primeiro-ministro possa pôr de lado aquilo que no fundo já é uma questão de orgulho", defendeu.

Para o líder do CDS-PP, "se o Governo suspender o que está errado e ao mesmo tempo tiver o sentido construtivo de balizar uma solução que não é burocrática, que não atrapalha o trabalho lectivo, que é justa e equitativa o problema pode resolver-se".


CDS com Visão.pt

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

BRAGA JÁ GANHOU



Os resultados obtidos pela Coligação Juntos por Braga, nas eleições autárquicas do passado dia 11 de Outubro, contrariamente às análises mais simplistas e de palavra fácil que têm vindo a público, foi um resultado que a vários níveis pode e deve ser considerado uma vitória.
Em 2005 a CJB ficou a mais de 5000 votos do vencedor, enquanto em 2009 esta diferença não chegou aos 2700 votos. Percentualmente o estreitar da diferença foi ainda maior, passou de 5,64% para apenas 2,72%. Registe-se que o aumento de votação em números absolutos registado pela CJB foi de mais de 6100 votos, quando o número de votantes teve um acréscimo de pouco mais de 7800 pessoas. A votação registada pela CJB, tendo em linha de conta os resultados anteriores e o acréscimo do número de eleitores, só não se cifrou por uma vitória completa e absoluta porque houve da parte dos eleitores dos partidos à esquerda do PS uma clara opção pelo voto útil no Eng. Mesquita Machado, no que à Câmara Municipal diz respeito. A tão propalada necessidade de mudança defendida por esses mesmos partidos de extrema-esquerda, afinal significa mais do mesmo, significa uma aposta na continuidade.
Mas no que a evolução e crescimento diz respeito os resultados alcançados pela CJB não se ficam por aqui. No anterior acto eleitoral a CJB tinha conquistado 10 Juntas de Freguesia, enquanto em 2009 obteve vitórias em 17 freguesias, das quais destaco duas: Guisande, pelo facto da vitória ter sido alcançada numa segunda votação, realizada 15 após o primeiro acto eleitoral, o que por si só foi constituiu um sinal demonstrativo de audácia e de coragem das gentes de Guisande; por outro lado a vitória em S. Vicente tem um valor simbólico por ter sido a conquista da última das chamadas freguesias urbanas, com efeito das 7 freguesias do casco urbano a CJB obteve em todas elas vitórias expressivas relativamente ao Eng. Mesquita Machado. A somar à vitória alcançada nestas 17 freguesias há ainda as vitórias obtidas pelas diversas listas independentes apoiadas pela CJB.
Estes resultados positivos tiveram um denominador comum e um grande responsável pela obtenção e alcance dos mesmos: o Dr. Ricardo Rio. Pela primeira vez em Braga, desde há muitos anos a esta parte, a oposição foi feita de uma forma contínua e construtiva. Há obviamente mérito dos três partidos que compõe a CJB – PPD/PSD, CDS-PP e PPM, nomeadamente na elaboração e aperfeiçoamento do programa eleitoral apresentado aos bracarenses, na união que demonstraram ao longo da pré-campanha e da campanha eleitoral, na dinâmica e na energia que emprestaram à máquina de campanha. Contudo, não fosse a energia, o conhecimento dos dossiers e do concelho, a garra e a vontade do Dr. Ricardo Rio e nunca a CJB teria obtido os resultados que teve.
Só assim foi possível apresentar ao concelho de Braga um conjunto de propostas e de projectos que por si só já constituem uma vitória para Braga e para a região. Promoção de terrenos para habitação a custos controlados nas freguesias mais afastadas do centro de modo a que os jovens se fixem nas suas freguesias de origem; oferta de manuais escolares aos alunos do primeiro ciclo; requalificação real e efectiva das margens dos rios Este e Cávado; criação de uma verdadeira oferta cultural no concelho, não se cingindo a mesma apenas ao Teatro de Circo; criação de um pelouro de ligação às Universidades de modo a que se aproveite o potencial das mesmas em prol dos bracarenses e da região envolvente; implementação de uma série de medidas de transparência e de clareza no que a procedimentos autárquicos diz respeito; pacote de incentivos ao estimulo à actividade económica; etc. Todas estas medidas e a defesa que delas foi feita, por si só já constituem uma vitória para o Concelho de Braga e que a devido tempo os bracarenses lhe reconhecerão os méritos e a excelência que as constitui.

Manuel Mexia Rocha
Vereador do CDS/PP na CM Braga
in Diário do Minho, 4 Novembro 2009