Henrique Lobo Borges, foi eleito, no XXIV Congresso Nacional do CDS-PP, Secretário da Mesa Do Congresso do Partido. Com a eleição do presidente do CDS-PP Braga afirma-se assim a importância da concelhia de Braga no Partido. Braga conta agora com maior representação nos Órgãos Nacionais do Partido a juntar aos Conselheiros Nacionais eleitos pelo distrito.
Este foi um Congresso que veio trazer algumas mudanças internas no partido. A reunião magna do CDS, que se realizou durante o passado fim-de-semana em Viseu, determinou o fim das eleições directas para a eleição do Presidente Nacional e afirmou um CDS “mais determinado ainda”.
Na votação que decorreu, domingo de manhã, foram eleitos os Órgãos do Partido, com as listas afectas à liderança de Paulo Portas a terem votações superiores a 80%. A Comissão Política, liderada por Paulo Portas e com alguns nomes novos, que demonstra a aderência de novas pessoas e novos valores políticos e profissionais, teve a votação mais alta, com 91% dos votos dos mais de 700 delegados que exerceram o direito de voto. Portas, depois desta votação, passou a ter sete vice-presidentes: Artur Lima (presidente do CDS Açores), José Manuel Rodrigues (presidente do CDS Madeira), os deputados Nuno Magalhães, Teresa Caeiro, Assunção Cristas, o Eurodeputado Nuno Melo e a Vereadora de Cascais Marina Ribeiro Ferreira.
O Conselho Nacional do CDS continuará a ser presidido por António Pires de Lima. A lista de Portas ao Conselho Nacional, cujo primeiro nome é do Deputado João Rebelo, teve 80% dos votos.
Paulo Portas anunciou que convidou o ex-ministro das Finanças Bagão Félix para ajudar na coordenação da supervisão do Programa de Governo do CDS-PP. O Líder centrista promete dar “tudo por tudo” no actual momento político porque, afirma, “é agora ou nunca”.
Aos militantes do CDS-PP, Paulo Portas deixou um compromisso: “No programa de Governo do CDS só faremos os compromissos que temos a certeza que é possível financiar, não quero ganhar as eleições omitindo, muito menos governar mentindo”.
Numa análise sobre o actual momento político do País reiterou que José Sócrates “não está a prestar um bom serviço a Portugal. Já não se aguenta tanta conferência de imprensa, tantos conselhos de ministros extraordinários. Já não se aguenta tanta intranquilidade e o País precisa da serenidade do CDS”.
Lembrando, uma vez mais, que o CDS disse ao PSD que estava disponível “para um esforço conjunto”, Portas resumiu a posição do Partido numa frase: “O PSD não quer. Ok, é legítimo. O CDS segue para bingo”.
Portas recordou que o CDS defende um modelo de Governo mais curto, mas salientou que esse modelo terá uma condução: “A regra é esta e não podemos falhar: Portugal só pode ter um governo que seja eficiente e reduzido desde que esse Governo seja o governo dos melhores entre os melhores”, disse, salientando que “um cartão rosa ou um cartão laranja” não se podem sobrepor ao mérito e à qualidade.
A intervenção final de Portas no Congresso serviu para passar em revista as principais bandeiras do Governo: o compromisso com a actualização das pensões mais baixas, a flexibilização das regras dos contratos de trabalho num momento de alto desemprego ou o reforço dos poderes presidenciais na área da Justiça.
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