sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Assembleia Municipal III

Declaração Política

“Por trás duma grande cidade há uma ideia de Planeamento”
Peter Zumthor, Prémio Pritzker em 2009

A tromba d´água de 6ª feira passada deu para lavar algumas ruas e para mostrar como a cidade está mal protegida. Os túneis foram uma desgraça para os automobilistas! Como bem sabemos, a Protecção Civil não responde aos mínimos que lhe compete!...
As obras na Av. Pe. Júlio Fragata mostram que a Câmara continua a não ter consideração pelo cidadão comum. Estas obras não podiam ter sido feitas em Julho ou Agosto, quando está menos gente em Braga? Tinham que cair no começo de aulas, com as novas dificuldades de deslocações no dia-a-dia das pessoas?
O Urbanismo de Braga é uma história mal contada.
De facto, só uma cidade com 2.000 anos de história rica de património e de pensamento claro e aberto ao futuro aguenta o desleixo a que se assiste na cidade actualmente.
A Variante Sul – ou circular urbana interna – é uma obra extremamente mal executada e perigosa: seja o viaduto junto ao Picoto, seja o muro de suporte altíssimo logo a seguir ou a base por baixo do viaduto que liga a Santa Tecla – que se enche de água todos os anos – ou, agora, as desastradas obras na Av. Pe. Júlio Fragata, não há nada que não aconteça nesta via!
Convém lembrar que a Quinta da Capela com uma estrada larga, a Rua das Forças Armadas (que se segue à Av. 31 de Janeiro e à Av. Porfírio da Silva) previa uma saída de Braga para Sul. A Câmara liderada pelo PS, não deu qualquer importância a esta estrada, nem ao espaço (o “redondo”) deixado livre perto do Bairro Duarte Pacheco e foi deixando a construção espalhar-se como uma mancha de óleo. Ou seja, deixou o Urbanismo, o Planeamento esquecido, não lhe deu importância. Claro está que, passados alguns anos, foi necessário construir uma Variante neste lado da Cidade e o resultado está à vista: um viaduto a passar por cima de tudo e de todos e uma via que só dá problemas. É importante termos presente que esta estrada está tão mal planeada que funciona como uma via-rápida no meio da cidade. É uma espécie de muro de Berlim, uma fronteira artificial que não permite usufruir aquela Avenida como uma via urbana: ali temos uma estrada perigosa, que já provocou acidentes e que não cumpre a legislação das acessibilidades que está em vigor.

Assim, não podemos deixar de ficar preocupados quanto aos acessos ao novo Hospital. O que nos espera? Ao que consta um nó por cima da curva ali para os lados das Sete Fontes (pobre património). Precisamente a curva onde há constantemente acidentes e problemas de trânsito! Que urbanismo! Que Planeamento! Que política de trânsito!...

Parece-me importante delinear uma estratégia séria para o futuro de Braga, no seguimento do esforço e dedicação da oposição liderada pelo Dr. Ricardo Rio. A Cidade pode e deve ser um local com bons níveis de qualidade de vida. Braga pode proporcionar essa qualidade.

A situação actual, como a conhecemos, não reúne condições que nos satisfaçam o que nos obriga a assumirmos nós as responsabilidades de uma nova política para a cidade. Estou certo que as pessoas de Braga nos darão a sua confiança.

Braga, 24 de Setembro de 2010

P’ Grupo Municipal do CDS-PP
Nuno Oliveira Dias

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