quinta-feira, 15 de julho de 2010

Assembleia Municipal V

Ordem do Dia

Protecção Civil Municipal

Foi incumbida a Comissão de realizar um estudo sobre a real situação da Protecção Civil em Braga, depois do incêndio no Hotel perto do Bom Jesus.

A primeira nota de relevo é que este estudo não foi concluído. Foram ouvidos alguns dos responsáveis desta matéria – curiosamente os que o PS indicou – mas outros, como por exemplo a Cruz Vermelha ou os Bombeiros Voluntários, não foram apresentar a esta Comissão a sua opinião sobre estes assuntos porque os deputados socialistas não o permitiram.
O próprio relatório apresentado não mostrava as intervenções dos Deputados Municipais, as questões levantadas (algumas não respondidas), as propostas feitas ou os argumentos apresentados.
E as conclusões tiradas são tendenciosas, mostram a opinião exclusiva do Partido Socialista e de mais nenhum membro desta Comissão o que, numa matéria deste melindre, não deixa de ser preocupante.
É por isso abusivo dizer que se trata de “informação completa”. Devia antes dizer-se e com mais rigor, que o relatório apresenta parte da informação e, até mesmo, a parte menos importante. Pois, mesmo que sejam opiniões credíveis as que foram tidas em conta – isso não pomos em causa e até agradecemos a disponibilidade para nos transmitirem as suas opiniões – devia ter sido dada a oportunidade para receber outros pontos de vista sobre tão relevantes matérias. Ficaríamos então com uma visão completa sobre estes assuntos e poderíamos avançar com os nossos trabalhos. Assim, não.
Não faz, portanto, nenhum sentido escrever num relatório destes que recolher opiniões independentes e credíveis sobre a Protecção Civil “não viriam acrescentar nada”. Na nossa opinião é o contrário o que é correcto. Ou seja, deviam ter sido recebidos os vários especialistas nestas matérias, as entidades independentes, as pessoas que tratam directamente com estes problemas e, depois sim, fazer um relatório sobre a situação concreta em Braga.

Não podemos estranhar a distância que vemos entre o “relatório” e a realidade dos factos:
Como um incêndio mal combatido, os recursos dos bombeiros em ruptura e as conclusões da Comissão, onde se afirma que “os meios disponíveis pela Protecção Civil do Município de Braga correspondem às necessidades face aos riscos existentes”!
O próprio Vereador disse, à frente de toda a gente, que faltavam meios, que a central telefónica não respondia ao que se pretendia, que estava a tratar da compra dum carro na Holanda, em segunda mão…
O trabalho efectuado pela Comissão de Protecção Civil, as reuniões tidas, as pessoas ouvidas, tudo isto foi, afinal, tempo perdido e o relatório apresentado não nos merece qualquer confiança.


P’lo Grupo Municipal do CDS/PP,

Nuno Oliveira Dias,

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